A manhã desta terça-feira (29) foi de aprendizado para os
pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS) do São José. A médica Kátia Maria
Aragão Franco, especialista em medicina da família e comunidade, falou com aos
munícipes sobre tuberculose.
Durante o encontro, a profissional destacou que a doença é
uma das mais antigas da humanidade, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, ou
bacilo de Koch. "A doença ataca principalmente os pulmões, mas também pode
atingir outros órgãos", ressaltou.
Imunidade baixa é uma das portas de entradas para a doença.
Pessoas com HIV, por exemplo, têm mais chances de contrair tuberculose.
De acordo com a médica, no Brasil são registrados 70 mil
novos casos da doença, além de 4.600 mortes por tuberculose por ano. "Trata-se
de uma doença infectocontagiosa e a transmissão acontece pelo ar, por meio da
tosse e do espirro de uma pessoa infectada. As partículas ficam no ar e podem
ser inaladas e assim a pessoa é infectada."
Entre os principais sintomas está febre baixa, geralmente no
final da tarde, tosse com ou sem escarro por mais de três semanas, suor
noturno, emagrecimento e falta de apetite.
Ao constatar esses sintomas, o paciente deve procurar a
Unidade Básica de Saúde mais próxima. Os exames mais comuns são o de escarro e
a radiografia do tórax para o diagnóstico da forma pulmonar. Se a doença
estiver em outros órgãos, é necessário realizar outros testes. "A tuberculose
tem cura e o tratamento gratuito é feito pelo SUS. São seis meses de
medicamentos e, a partir de 15 dias da primeira dose a pessoa já não é mais
transmissora. No entanto, vale lembrar que o tratamento não pode ser
abandonado, pois a doença volta com o vírus ainda mais resistente."
Para evitar a doença é necessário manter-se em ambientes
arejados, com muita entrada de sol para diminuir a circulação do bacilo. Além
disso, uma alimentação saudável é ideal para manter a imunidade em dia.
INFECÇÃO LATENTE De acordo com a médica, é possível ter o
bacilo da tuberculose sem estar doente. Neste caso, a pessoa tem a chamada 'infecção
latente', que é silenciosa e sem sintomas. Nessa situação não ocorre a
transmissão. No entanto, o tratamento da infecção latente evita que ela se
transforme na tuberculose ativa. Toda pessoa que vive com HIV deve fazer a
prova tuberculínica.
MAIS A médica Kátia Maria Aragão Franco, especialista em medicina da família e comunidade, faz parte do programa Mais Médicos. Segundo ela, a proposta é levar todas as terças-feiras um novo tema à Unidade Básica. "Conhecimento é poder. É muito importante que sejamos todos multiplicadores. Nosso objetivo é tornar a população um agente de saúde, que leva informações aos parentes e amigos."