Domingo (27) é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da
Hanseníase. E, para marcar a data, a médica especialista em medicina da família
e comunidade, Kátia Maria Aragão Franco, que atua na rede municipal de Saúde,
fala da importância do diagnóstico precoce da doença, que tem cura e tratamento
gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com ela, trata-se de uma doença infectocontagiosa,
ainda muito negligenciada no Brasil, que é o segundo país do mundo com mais casos, ficando
atrás apenas da Índia. "Ainda
há muito preconceito e desconhecimento com relação à Hanseníase, também conhecida como Lepra. É uma das doenças mais antigas do mundo." Entre os primeiros sintomas está o
aparecimento de manchas brancas e avermelhadas pelo corpo, formigamento ou
dormência e ausência de transpiração na pele, que pode deixar o local com a
aparência de uma casca de laranja. O paciente não sente dor.
A transmissão ocorre por meio de contato com gotículas da
saliva ou secreção do nariz e se dá por meio de convivência muito próxima e
prolongada com o doente da forma transmissora, chamada multibacilar, que não se
encontra em tratamento. Vale frisar que tocar o paciente não transmite a
hanseníase. "É importante ficar atento aos sintomas e procurar a Unidade Básica
de Saúde mais próxima o quanto antes. Com o diagnóstico precoce, o tratamento é
de seis meses. No caso de descoberta tardia, além de um tratamento mais longo,
o paciente pode ter sequelas neurológicas, já que a Hanseníase afeta os nervos
periféricos", destaca a médica, ressaltando que o tratamento é eficaz. "Após a primeira dose da medicação não há mais risco de transmissão."
PREVENÇÃO - Ter boas condições de higiene e saneamento básico
adequado são essenciais para a prevenção da Hanseníase. Além disso hábitos saudáveis,
alimentação adequada contribuem para dificultar o adoecimento.
No caso de dúvidas, procure a UBS mais próxima.